O MI6, serviço secreto de inteligência do governo britânico, teria testado durante a Primeira Guerra Mundial o uso de esperma humano como tinta invisível para enviar mensagens sensíveis durante o conflito. De acordo com o historiador inglês Keith Jeffery, um relato publicado no diário de um funcionário da agência - órgão que ganhou fama por conta do personagem fictício James Bond, o agente 007 - confirma a tentativa do uso do líquido.
Em junho de 1915, Walter Kirke, representante da inteligência militar britânica na França, escreveu que o primeiro chefe do MI6, Mansfield Cumming, estaria fazendo pesquisas sobre tinta invisível na Universidade de Londres.
Em outubro, ele anotou que havia ouvido de "C", como era conhecido o comandante do MI6, que "a melhor tinta invisível é o esperma". Segundo o relato de Kirke, o esperma não reagia aos principais métodos de detecção de tinta invisível utilizados à época. Havia ainda a vantagem de ser um material disponível facilmente para os agentes secretos.
Outro funcionário do MI6 conta que o pesquisador responsável pela descoberta acabou se desligando do departamento por conta das piadas feitas por seus colegas. Há ainda o registro de um agente que descobriu ser necessário sempre produzir tinta "fresca" para evitar problemas com o material.
O historiador Keith Jeffery teve acesso aos arquivos do serviço secreto para escrever o livro "MI6: The History of the Secret Intelligence Service 1909-1949", que conta a história dos primeiros anos da agência.
quinta-feira, 23 de setembro de 2010
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